segunda-feira, 8 de setembro de 2008

As Vias do Verso

Marcelo Mário de Melo

Em memória do poeta França

Meus versos são feitos
para acender
idéias
e corpos.

Versos
vertentes
abismos
bocejos
sussurros
lamentos
louvações
gritos
gargalhadas.

Neles
eu me enramo
e me proclamo
sujo o corpo
e tomo banho
singrando
o ser-não-ser
e o sem tamanho.

De domínio público
e de delírio púbico
meus versos
são bandeiras tremulando
e mãos trelando
por baixo das saias.

Recife, 19-10-07

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