Marcelo Mário de Melo
AO poeta Jaci Bezerra
Sou amigo do poeta.
Não sou amigo do rei.
E na trilha deste mote
com o poeta brindarei
cantando nas caminhadas:
- Eu fui eu sou e serei!
Rei é sedução de corte
rédea que amarra e entranha.
E o poeta cortesão
troca musa por piranha
enreda e enrouquece o canto
em gosma e teia de aranha.
Amizade de poeta
cresce em campo iluminado
de palavras dançarinas
cantando e fazendo agrado
atando em laços de fita
coisas de um mundo encantado.
Roçando pedras de fogo
pinçando raios de sol
fazendo pipa de estrelas
de vaga-lume farol
os lampejos da amizade
dão poesia em si bemol.
É por isso que eu repito
de costas pra lei e grei
erguendo bem alto a taça
e seguro do que sei:
sou amigo do poeta
não sou amigo do rei!
Maio/03
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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