Marcelo Mário de Melo
Andei fazendo frases frouxas
de camelô e burguesa bondosa.
Andei lançando na lâmina
ferrugem e mofo
e retirando a cunha do cutelo.
Mas clamo aos quatro ventos
meu repúdio
pois não é isto que quero.
Quero que a minha palavra
água
fogo
pluma
faca
pouso
impulso
beijo e cicatriz.
Quero a minha palavra
livre
da torre
e da vitrine
do catecismo
e da bacia de Pilatos.
Quero a minha palavra
acesalimentada
na dança das idéias
no poço dos afetos
no vôo da fantasia
na febre dos sentidos.
Quero a minha palavra
antena tela espiral
girando recolhendo
todas as faíscas da vida.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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