Marcelo Mário de Melo
Massagens encantadas de poesia:
maldade que Janice Japiassu me fez
ler Veredas da Alegria viajando num ônibus
querendo pular pela janelinha
correr nas campinas
cavalgar no lombo dos bichos de estrada
subir nas árvores e nos capôs dos carros
morder as frutas dos tabuleiros
puxar as roupas dos varais
levantar as saias das mulheres
derreter as armas dos policiais
fazer caramelos com as pedras da rua
dançar com os pingos de chuva
escalar raios de sol
rebolar em capuchos de nuvem
brincar de escorrego na meia-lua
farinhar estrelas nas pessoas
desenrolar o carretel das tristezas
e fazer pula-corda
batendo palmas floradas.
Ai! Veredas da Alegria:
um circo de chuva com sol
fazendo fogueiras de riso
um sopro de lágrima e luz
sussurrando cantigas no sonho.
(Dezembro de 2000)
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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